Segue-se um
breve resumo dos períodos da língua latina (extraído da introdução do livro
‘Fonética Histórica do Latim’, de Ernesto Faria (1970):
- Latim Pré-histórico (século XI –
VII?): compreende a fundação da colônia no cume do Germal (colônia que deu
origem a Roma) por pastores vindos do monte Palatino até o aparecimento dos
primeiros documentos escritos;
- Latim proto-histórico (século
VII? – 240 a. C.): compreende os primeiros documentos em Latim: a ‘Fíbula de
Preneste’, o ‘Cipo do Fórum’ e o ‘Vaso de Duenos’);
- Latim Arcaico (240-81 a. C.):
Surgem os primeiros textos literários, dentre os quais se destacam as produções
de Lívio Andronico (240-207 a. C.) e Névio (235-204 a. C.), as comédias de
Plauto (254?-180 a. C.), a poesia épica, dramática e lírica com Ênio (239-169
a. C.), a criação da sátira por Lucílio (?-103 a. C.) e a criação da prosa
literária por Catão (234-149 a. C.). Também neste período surgem os textos
epigráficos, com os epitáfios dos Cipiões, as dedicatórias, as moedas, o Senatus Consultum de Bacchanalibus (168
a. C.), a Setentia Minuciorum (117 a.
C.) e a Lex Cornelia (81 a. C.);

-
Latim pós-clássico (17 d. C.
– século V) divide-se em dois grupos: (i)
a Idade da Prata (séculos I e II), em que numerosos poetas e prosadores não são
oriundos da Itália, como Fedro (da Trácia), Sêneca, Lucano e Quintiliano (da
Espanha), Plínio o jovem (da Cisalpina) e Plínio o velho (de Como); (ii) O pré-romance, nos séculos III a V,
com o surgimento da literatura cristã em Latim – destacando-se no latim
eclesiástico o escritor Tertuliano – que no século IV chega ao seu apogeu, com
Santo Ambrósio (330?-397), São Jerônimo (347?-420) e Santo Agostinho (353-430).
No século V, com as invasões dos ‘bárbaros’, o Latim se desenvolve em diversos
romances, que irão dar origem às línguas românicas.
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